sexta-feira, 29 de abril de 2011

Apicultura: qualidade do mel

 
As boas práticas na colheita e qualidade do mel
 ( Maria Teresa do Rego Lopes - Pesquisadora da Embrapa Meio-Norte)

A qualidade do mel pode ser significativamente afetada pelo manejo durante a colheita. Essa etapa pode ser considerada a primeira fase crítica do processo de obtenção do produto, onde o mel ficará exposto às condições ambientais e de manuseio que poderão interferir em sua qualidade final.
Deve-se lembrar que as abelhas produziram o mel e o armazenaram de forma a permitir sua conservação por um longo período. Assim, o apicultor deve realizar procedimentos adequados desde o momento da retirada do mel das colméias até o seu transporte à unidade de extração (casa de mel), de forma a interferir o mínimo possível na qualidade do mel e garantir a manutenção de suas características originais.

Para que isto ocorra, destaca-se, em primeiro lugar, a higiene do apicultor e dos materiais apícolas. As pessoas envolvidas na colheita devem utilizar vestimenta apícola adequada e devidamente limpa. O ideal seria dispor de vestimentas apenas para colheita do mel e outras para os demais serviços realizados no apiário.
Os materiais utilizados na colheita também devem estar devidamente limpos e ser destinados apenas para esse fim, de forma a evitar qualquer contaminação do produto por substâncias presentes nesses utensílios.

A colheita deve ser realizada, de preferência, entre 9 e 16 horas, em dias ensolarados. Nunca realizá-la em dias chuvosos ou com alta umidade do ar, o que acarretaria o aumento do índice de umidade no mel. Deve-se evitar também a exposição das melgueiras ao sol por longo período de tempo, o que pode levar ao aumento do teor de hidroximetilfurfural (HMF) no mel. A presença desse composto em altos níveis é indesejável, pois indica que o mel foi superaquecido ou que já está envelhecido.

Como o mel é um produto que absorve odores do ambiente, durante a retirada dos quadros com mel, deve-se tomar bastante cuidado com o uso do fumigador para evitar que o mel fique com gosto e cheiro de fumaça.
Assim, não devem ser utilizados materiais de combustão inadequados, como esterco de animal, plásticos, madeiras com resíduos de tintas ou óleos, etc. Recomenda-se exclusivamente materiais de origem vegetal, como a maravalha ou serragem de madeira não-tratada, e que não apresente forte odor quando queimada.
A fumaça aplicada deve ser fria, livre de fuligem e em quantidade mínima necessária para a retirada dos quadros, direcionando-a paralelamente à melgueira. Deve-se evitar a aplicação direta de fumaça sobre os quadros.

A coleta dos quadros deve ser realizada de forma seletiva, ou seja, devem ser retirados apenas aqueles que apresentarem no mínimo 90% de seus alvéolos operculados, o que indica que o mel apresenta percentual de umidade adequado.
Não colher quadros que apresentem crias em qualquer fase de desenvolvimento, grande quantidade de pólen, mel "verde", ou seja, com altos índices de umidade, que as abelhas ainda não opercularam. A quantidade elevada de água no mel facilitará a proliferação de leveduras, levando-o a fermentar, tornando-o impróprio para o consumo e impossibilitando a sua comercialização.

As melgueiras coletadas nunca devem ser colocadas no chão. Recomenda-se o uso de um suporte, que pode ser um ninho vazio, colocado ao lado da caixa, para receber a melgueira.
Apoiada nesse suporte coloca-se uma base, de preferência uma prancha de aço inoxidável, ou mesmo uma tampa nova de colméia, que receberá uma melgueira vazia onde os quadros de mel serão colocados. Sobre a melgueira deve ser colocada uma tampa, de forma a evitar o saque pelas abelhas e a sua indesejada presença durante o transporte.

O transporte das melgueiras deve ser feito em veículo devidamente limpo e que não apresente qualquer tipo de resíduo (de produtos químicos, adubos, esterco etc.) que possa contaminar o mel. O piso da superfície de carga deve ser revestido com material (lona plástica, por exemplo) devidamente limpo de forma a evitar o contato das melgueiras diretamente com o piso.
Recomenda-se também que as melgueiras sejam cobertas com lona para evitar a contaminação do mel por poeira ou sujeiras, evitando também que abelhas sejam atraídas pelo mel. Durante o carregamento do veículo, evitar sua exposição prolongada ao sol, o que influenciaria negativamente na qualidade do mel. Nessa etapa, recomenda-se a participação de, no mínimo, três pessoas para garantir maior rapidez e eficiência.

O transporte deve ser realizado com muita precaução para evitar acidentes com a carga. Assim, recomenda-se a amarração eficiente das melgueiras e o deslocamento cuidadoso do veículo, principalmente em vias de acesso com irregularidades. Realizar boas práticas no campo por ocasião da colheita do mel significa, portanto, o primeiro passo na obtenção de um produto de boa qualidade que, com certeza, terá ótima aceitação no mercado que está cada vez mais exigente quanto à qualidade dos produtos apícolas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Programa de auxílio para mercados físico e futuro do agronegócio



Desenvolvido o mais avançado cérebro eletrônico para o agronegócio

O agronegócio no Brasil deverá crescer cerca de 25% nos próximos 3 anos, principalmente em razão da enorme área geográfica ainda a ser cultivada e pela ampliação da tecnologia e produtividade no campo. A consequência natural será o crescimento ainda maior no volume de negócios futuros da BM&FBOVESPA e a influência nas demais Bolsas mundiais, como a de Chicago (Chicago Board of Trade – CBOT) e Nova York (New York Board of Trade - NYBOT).
 
Para que o processo de negociação das safras seja o mais lucrativo possível, é necessário contar com um sistema que disponibilize informações em tempo real das commodities negociadas nas Bolsas de mercado futuro. Porém, existe um senão: como a venda é feita no mercado futuro, ou seja, para os próximos meses, é necessário conhecer e analisar o conjunto de variáveis que poderá influenciar o mercado, tentando assim minimizar seus riscos e maximizar os lucros.

A CMA, empresa líder no segmento de soluções em tecnologia aplicadas aos mercados agrícola e financeiro e presente em mais de 35 países, acaba de lançar o CMA Series 3 Agrícola, que é o mais avançado sistema de acompanhamento e tomada de decisão de mercado em tempo real específico para o agronegócio. “A CMA desenvolveu este novo produto a partir de sugestões de profissionais do agribusiness nacional, tornando-o perfeito para as necessidades de quem precisa tomar decisões de investimento nos mercados físico e futuro das principais commodities agrícolas produzidas no Brasil”, explica Raphael Juan, gerente de produtos da empresa.

O pioneirismo não está presente apenas na plataforma tecnológica ágil, simples de operar e muito completa em termos de funcionalidades. Pela primeira vez a consultoria de analistas de mercado vem agregada à mais avançada tecnologia. No CMA Series 3 Agrícola, será possível a um usuário esclarecer dúvidas de forma direta com os maiores especialistas de mercado no Brasil, além de acessar estudos diários sobre as tendências de produção e preços, realizar estudos gráficos, compreender fatos, indicadores econômicos e análises climáticas que tanto impactam os negócios agrícolas de todo o mundo.

O diretor de Marketing da empresa, Paulo Sergio Camolesi, esclarece que “A CMA já é reconhecida por sua excelência em tecnologia aplicada aos mercados agrícola e financeiro. Mas nós estamos apostando, junto com a consultoria SAFRAS & MERCADO, em algo que vai muito além disso. Acreditamos na união da tecnologia de ponta com a sensibilidade analítica do ser humano, ou seja, um produto de alto valor agregado”, ressalta.

O novo SERIES 3 AGRÍCOLA permite visualizar cotações dos mercados físico e futuro das commodities agrícolas, taxas, preços físicos, maiores altas e maiores baixas das Bolsas, além de informar o volume de negócios, ou seja, como está a compra e venda em um determinado ativo naquele momento. O software ainda permite que o agricultor ou profissional ligado ao agribusiness configure o sistema para que este mostre apenas o que é de seu interesse. Uma outra função que propicia maiores lucros é o botão de alarme. Este avisa o exato momento em que um determinado produto atingiu o valor pré-configurado pelo usuário, permitindo que o mesmo seja comprado ou vendido no melhor momento. “Criamos o mais completo cérebro eletrônico para todos os envolvidos com o mercado agropecuário”, explica Camolesi.

Segundo Raphael Juan, o novo Series 3 Agrícola visa atender todos aqueles que, de alguma forma, participam do agronegócio. “Com este produto inédito, vamos produzir um serviço de características únicas no mercado brasileiro, democratizando e facilitando o acesso aos serviços de consultoria contínua de planejamento comercial e estratégico. Agora, o produtor rural, as indústrias de transformação alimentícias, de insumos e implementos agrícolas, os exportadores e os agentes do mercado financeiro, contarão com as análises e estudos dos especialistas que compõe o quadro da maior consultoria de agronegócio da América Latina”.

A maior consultoria da América Latina e pertencente ao Grupo CMA, a Safras & Mercado, possui milhares clientes entre produtores, cooperativas, profissionais do agronegócio, produtores de insumos e grandes multinacionais do setor alimentício. Foi justamente pensando neste público que tanto necessita de informação para orientar o seu broker nas negociações de commodities, que foi lançado o Series 3 Agrícola. “Este é o mais completo sistema de informação existente no mercado e com um custo extremamente acessível”, finaliza Juan.

Fonte: Assessoria de Imprensa CMA - (11) 3499-3434

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pesquisa do GMAB da USP/FZEA em parceria com a MERIAL




USP e Merial desenvolvem as primeiras DEPs Assistidas por Marcadores Moleculares validados no Brasil para a raça Nelore e inauguram uma “nova era” na seleção da raça 

Os resultados de uma pesquisa inédita no Brasil realizada pelo Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (GMAB-FZEA/USP) em cooperação com a Merial e sua área de serviços genéticos IGENITY prometem inaugurar uma nova era nos processos de seleção genética da raça Nelore.
As novas pesquisas, com foco na integração da genética molecular à genética quantitativa, reúnem estimação das primeiras Diferenças Esperadas de Progênie (DEP) Assistidas por Marcadores Moleculares, com uso validado em bovinos de corte da raça Nelore no Brasil. Segundo o Prof. Dr. José Bento Sterman Ferraz, do GMAB-FZEA/USP, os resultados preliminares deste estudo são muito promissores quanto às correlações genéticas entre as DEP e os VGM encontradas indicando ganhos significativos nas acurácias das estimativas das DEPs.
“Estudos demonstram que os ganhos advindos da integração entre dados moleculares e quantitativos, permitirão que bezerros machos recém-nascidos, quando submetidos a seleção com DEP Assistidas por Marcadores, alcancem acurácias semelhantes a touros com 5 a 7 progênies, antecipando, no mínimo, 3 a 4 anos antes de terem informação relativa a desempenho produtivo de seus filhos”, afirma o Professor.
De acordo com Henry Berger, Gerente de Marketing de Grandes Animais da Merial, o impacto na segurança das decisões sobre quais animais devem ser selecionados aumentará de maneira muito expressiva e com muita antecedência, incrementando a produtividade, que, no fim das contas, é o que remunera o produtor.
“Em outras palavras, os benefícios vão desde maior segurança na tomada de decisões de seleção, antecipação expressiva no processo de seleção de touros jovens de alto valor genético, até diminuição do intervalo de gerações, aceleração do progresso genético anual gerando aceleração da produtividade e ainda, potencial redução de custos com provas de progênie”, afirma o gerente da Merial.

As Pesquisas

O estudo analisou uma população de mais de 8 mil animais, genotipados para mais de 300 marcadores moleculares ligados a genes específicos, os quais foram escolhidos a partir de análises iniciais que utilizaram as mais modernas tecnologias de genotipagem baseadas em chips de alta densidade (exemplo: Illumina HD Genotyping BeadChip). Além disso, uma amostra de cerca de 3.400 animais da raça Nelore, provenientes de 6 rebanhos distintos foram analisados para definição dos efeitos de cada marcador sobre 14 características de grande interesse econômico para a pecuária brasileira.
“Esse processo envolveu a utilização das mais atualizadas metodologias de análise estatística em curso no mundo, demonstrando o interesse do grupo em aplicar o que há de mais inovador na área. Como resultados dessas análises foram gerados os Valores Genéticos Moleculares (VGM) desses animais, que nada mais são que a somatória dos efeitos de cada marcador para as características em questão”, afirma o Prof. Dr. José Bento.
Na seqüência do processo, foram conduzidas análises de estimação de DEP, utilizando modelos animais completos, para todas essas características, considerando-se um conjunto de dados composto por mais de 520 mil animais na matriz de parentesco e cerca de 445,4 mil animais com registros de produção, pertencente à Agropecuária CFM, maior projeto especializado na produção de touros Nelore com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) do país.
As DEPs, da maneira como são estimadas e divulgadas, estão sendo geradas para as características ligadas ao índice de seleção da CFM (peso à desmama, ganho de peso pós desmama, perímetro escrotal e escore de musculosidade), em análise conjunta com os VGMs. O impacto dessa avaliação conjunta DEP+VGM na acurácia das estimativas foi avaliado nesse conjunto de dados, num complexo e moderno processo computacional.
“A pecuária brasileira atravessa um momento muito positivo em termos de valorização de seus principais produtos e os resultados demonstrados na pesquisa só tem a somar a esse cenário. Agora, aparentemente será possível uma aceleração do progresso genético, além da maior amplitude de informações para o processo de tomada de decisões, e mais uma vez continuaremos na vanguarda da seleção na raça Nelore”, avalia Luis Adriano Teixeira, coordenador de pecuária Agropecuária CFM.“Com esse estudo pioneiro e inédito no Brasil, que reflete uma verdadeira parceria público-privada com esforço conjunto de pesquisadores do GMAB-FZEA/USP, da equipe da Merial Saúde Animal, de parceiros de instituições norte-americanas e rebanhos parceiros como o da CFM, espera-se dar uma significativa contribuição à manutenção do espaço conseguido pelo Brasil como maior exportador de carne do planeta, visando maior produtividade e melhor qualidade de nossos produtos”, conclui Berger.

FONTE: matéria copiada do website http://www.usp.br/fzea - O link para essa matéria encontra-se logo na página inicial.
Vejam outros sites onde a notícia foi publicada:

domingo, 24 de abril de 2011

Blog reformado

Olá pessoal

Como podem notar, fizemos uma série de alterações no Blog durante essa semana de feriado, visando melhorar a qualidade e facilitar a utilização do mesmo.

A "Seção Poupatempo" ficou mais evidente, logo aqui à direita. Uma enquete foi colocada na barra lateral esquerda, logo abaixo da seção " ZOOT Jr.". Novas enquetes serão instaladas periodicamente, visando uma maior interação com todos os usuários do BLOG. Abaixo da " Seção Poupatempo" surgiu a seção " Dia-a-dia", com links para os preços de mercado e notícias sobre o tempo, com atualizações diárias. Logo abaixo, uma seção de vídeos, com link direto para o Youtube ( a atualização dos vídeos é automática pelo próprio Youtube). Por fim, ainda na barra lateral direita, abaixo de tudo isso, links diretos de atualização automática dos sites Beefpoint, Milkpoint e Portal do Agronegócio.

Por favor, opinem na nossa enquete sobre as nossas mudanças.

Amanhã retomaremos as atualizações do Blog, começando de cara com uma matéria muito interessante envolvendo pesquisas da nossa FZEA.

Um abraço à todos

Teste

Testando feedburner

quinta-feira, 21 de abril de 2011

terça-feira, 5 de abril de 2011

ULTIMAS VAGAS

V DIA DE CAMPO DE SUÍNOS

DIA: 08 de Abril  18:00-21:00 - Sala 4 ZAZ
  Palestras:
 O mercado da carne Suína - Valdomiro Ferreira Junior
(Presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos)

Sistemas de Produção - Prof. Dr. Anibal de Sant’anna Moretti (FMVZ-USP)   

DIA: 09 de Abril 07:00-11:00 - Setor de Suinocultura da CCPS
 PRÁTICO

Inscrições: Até o dia 08 de Abril as 13:00 no saguão do prédio central!
http://www.facebook.com/event.php?eid=152016768193898
Maiores informações: joana.dognani@usp.br ou daniel.goldenberg@usp.br