terça-feira, 25 de outubro de 2011

Influência do preparo correto do silo na conservação de silagem

A produção de silagem é um processo que permite que plantas forrageiras (milho, sorgo, capim, cana-de-açúcar) produzidas em um período de condições climáticas favoráveis sejam colhidas e conservadas para serem fornecidas ao rebanho em períodos desfavoráveis à produção vegetal.

Para que esse alimento seja preservado até sua utilização e para que se reduzam perdas tanto quantitativas como qualitativas do material colhido em relação ao material retirado do silo é preciso que ocorram processos fermentativos adequados durante o período em que o silo fica fechado. A ocorrência adequada desses processos significa a redução do pH da silagem e controle do desenvolvimento de microrganismos indesejáveis.

Entre os principais fatores para que esses processos ocorram de forma a manter a forragem preservada está a ocorrência de um ambiente anaeróbico dentro do silo. A obtenção desse ambiente anaeróbico (ausência de oxigênio) requer a adoção de medidas que garantam a compactação adequada do silo. Para garantir a compactação correta é preciso que se atente para questões como: equipamento utilizado, tamanho de partícula da forragem ensilada, volume de forragem depositada x capacidade de compactação do equipamento utilizado e formato do silo.

SilagemOutros fatores que influenciam a preservação da forragem ensilada são o teor de matéria seca que está diretamente ligado a acidificação do material e a vedação adequada do silo para evitar que fatores externos prejudiquem a conservação. 

Para promover a ocorrência de processos fermentativos desejáveis que garantam a preservação da forragem e evitem perdas, também podem ser utilizados aditivos como materiais que aumentem o teor de matéria seca da silagem e inoculantes microbianos.

Como se pode perceber o processo de conservação do volumoso ensilado envolve diversos fatores controláveis, ou seja, está na mãos do responsável pelo planejamento e coordenação da ensilagem tomar as medidas corretas para garantir a qualidade do volumoso a ser retirado na abertura do silo.



Por: Uanderson Pateis Trainee Zoot Jr.
Fonte: Site AgriPoint

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

V MANEJO DE CURRAL - Entrega de certificados

GALERA!!


V Manejo de Curral - 2011
Dias : 21 e 22 de Outubro (clique no link para maiores informações)



Curso prático e teórico!!!

R$ 20,00 Sócio 

R$ 30,00 Não Sócio


Inscrições no Saguão do Prédio Central  das 11:30 as 13:15.
Na terça feira, como haverá o I Ciclo de Palestras Agropecuárias, as inscrições estarão ocorrendo na entrada do Anfiteatro.


VAGAS LIMITADAS


Garanta já a sua!!!






CERTIFICADOS ==> Estaremos entregando os certificados durante as inscrições!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pasto e árvores em harmonia

De olho no bem-estar animal e nas vantagens ambientais proporcionadas pelo plantio de árvores, a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), que reúne 18 mil associados, prepara uma campanha para estimular a arborização de pastos. A ideia, segundo o superintendente de Marketing da ABCZ, João Gilberto Bento, é "fazer a cabeça" dos criadores sobre os benefícios que a prática traz para a pecuária. "As árvores garantem conforto térmico, o que pode interferir positivamente na produtividade do gado. Além disso, a árvore melhora as condições do solo, pois promove a ciclagem de nutrientes", diz. "Se o produtor criar esse ambiente favorável no pasto, reduz o stress dos animais."

Um dos argumentos da campanha é que a pecuária é uma das atividades que mais podem contribuir com a preservação de florestas. "A pecuária pode transformar o Brasil em um grande bosque." E o pecuarista favorece o retorno da biodiversidade. "As árvores atraem pássaros, aliados no combate à cigarrinha-das-pastagens." Para ele, a adesão à campanha é uma maneira de a pecuária se livrar da fama de atividade desmatadora. "Queremos iniciar um movimento", diz Bento, adiantando o possível slogan: "Ponha o seu boi na sombra."

Considerado um pecuarista modelo na arborização de pastagens, o produtor José Luiz Niemeyer dos Santos, de Guararapes (SP), diz que o investimento é grande e, por isso, deve ser planejado. "Não é só plantar árvores. Tem que seguir um projeto, comprar mudas, cercar a área, definir as espécies, acertar o manejo, ter assistência técnica." Se por um lado não há retorno financeiro para um investimento alto, por outro é compensador, diz. "A sombra dá conforto para o gado, embeleza a paisagem e melhora a biodiversidade", diz Niemeyer.

Com 2 mil hectares de pasto e rebanho de 4 mil a 5 mil cabeças (entre matrizes e gado de cria, recria e engorda), Niemeyer "enriquece" o pasto com árvores há mais de 20 anos. "É empírico, mas já notei que esses pequenos bosques criam uma área de sombra que os animais gostam. Além disso, essas árvores, se plantadas beirando a mata, ajudam a preservá-la." Nesses anos, aprendeu que o plantio de árvores pode ser feito na época de reforma de pasto. "Quem reforma o pasto e cultiva lavoura em sistema de rotação pode aproveitar para também plantar as árvores." Hoje, o plantio chega a 20 mil árvores por ano, de mais de 50 espécies, fora a regeneração espontânea, defendida por ele.

Adepto da causa, o pecuarista Jovelino Carvalho Mineiro, com fazendas em Rancharia (SP) e Uberaba (MG), planta árvores em pastagem há 25 anos. O plantio é feito com a reforma de pasto, a cada quatro anos, ocasião em que ele cultiva sorgo e amendoim. "Os ruminantes precisam de sombra. A questão é que o zebu é tão eficiente que produz bem mesmo sob intenso stress térmico. Se o pasto for sombreado, essa produtividade pode aumentar 30%, 35%", estima o produtor, que planta, em Uberaba, 300 árvores nativas por ano em áreas de pasto, há dez anos. "Hoje são 4.600 árvores de 90 espécies." Em Rancharia, diz, o plantio de eucalipto se presta, além do conforto animal, para o uso da madeira, aproveitada na própria fazenda. "Nunca precisei comprar madeira, o que até ajuda a tirar a pressão sobre as árvores nativas", diz.

O produtor Cláudio Sabino Carvalho, de Uberaba (MG), planta eucalipto e outras espécies com o objetivo de "dar conforto aos animais e deixar o ambiente saudável e bonito". Com mil bovinos e 400 hectares de pasto, Carvalho pôs em prática o que aprendeu desde que começou a investir em arborização de pastagens, há dez anos. "Já plantei 5 mil árvores, a maioria nativas." O investimento em arborização é de R$ 20 mil a R$ 30 mil por ano. Ele diz que a área sombreada do pasto é chamada de 'área de lazer", por proporcionar conforto aos animais. "É uma área de 1 hectare com espécies frutíferas e ornamentais, e cochos de água e sal mineral. O gado come e descansa no 'ar-condicionado'."

Fonte: jornal Estado de SP, adaptado por Equipe BeefPoint.



Postado por Nathália Dias - Trainee Zoot Jr.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Conheça mais sobre o curso de Zootecnia


Conheça mais sobre o curso de Zootecnia

 

O estudante que pretende se tornar um zootecnista têm dois caminhos pela frente: a graduação convencional ou um curso de curta duração, o chamado tecnólogo. Seja como for, este futuro profissional terá como foco a produtividade da criação animal. Para tanto, atuará em diversas frentes de batalha: da cadeia produtiva de carnes, leites e ovos, passando pela seara genética, até o gerenciamento de custos e impactos ambientais. As melhores oportunidades de trabalho estão na indústria agropecuária e em grandes propriedades rurais. Para conhecer essa carreira mais de perto, leia o especial que preparamos para você. 


O que é a profissão

É a busca de maior produtividade e rentabilidade na criação de animais, com o uso de técnicas de melhoramento genético, reprodução e nutrição

O zootecnista estuda e adota técnicas de produção animal para obter um produto de boa qualidade, como carne, leite, ovos e seus derivados, das diferentes espécies de animais de criação, como bovinos, ovinos, suínos e aves. Esse profissional trabalha no planejamento e na execução de projetos de toda a cadeia produtiva, coordenando a criação e buscando o aprimoramento genético dos rebanhos. Pesquisa nutrientes, acompanha a fabricação e controla a qualidade de rações, vitaminas e produtos de saúde e de higiene para os animais. Além disso, pode atuar nas indústrias alimentícias, na área de tecnologia de produtos de origem animal, como laticínios, frios e embutidos


Mercado de trabalho

Os surtos de febre aftosa identificados em alguns municípios de Mato Grosso do Sul, em 2005, abalaram um pouco o mercado de trabalho do zooctenista, pois causaram queda da produção, redução nas exportações da carne e do frango brasileiros, com o embargo de mais de 40 países. Com isso, muitos funcionários foram dispensados, incluindo zootecnicistas.

A crise, no entanto, foi insuficiente para abalar de forma permanente as exportações de carne bovina e o mercado já está se recuperando. Assim, os formados encontram chances de emprego nas zonas urbanas e rurais de todo o país. O mercado está aquecido na Região Centro-Oeste e deve continuar assim pelos próximos anos, principalmente porque o agronegócio tem sido o motor da economia da região. Devido aos incentivos fiscais e ao preço mais baixo dos grãos, muitas empresas de alimentos, como Sadia e Perdigão, estão se deslocando para o Centro-Oeste, onde existem muitas vagas nos grandes frigoríficos.

No Nordeste, as melhores oportunidades estão na criação de caprinos, ovinos e avestruzes, e também na de peixes e camarões. No Sul do Brasil e nos estados de Mato Grosso e Rondônia, surgem vagas para trabalhar em fazendas e propriedades rurais, cuidando do planejamento rural e da saúde animal. O segmento da carne orgânica (em que os animais são criados com uso restrito de hormônios e medicamentos) também começa a ganhar espaço, pois cresce o número de pessoas que se preocupam com uma alimentação mais saudável. Isso deve aumentar a demanda por profissionais de zootecnia nos próximos anos. Nas áreas urbanas das regiões Sudeste e Sul, há perspectivas de trabalho em laboratórios de pesquisa e biotecnologia, em empresas de exportação de produtos de origem animal e em companhias de informática, no desenvolvimento de softwares gerenciais específicos para a área.
Salário médio inicial: R$ 2.000

O curso

Biologia, Genética, Citologia, Química, Anatomia e Zoologia são as disciplinas básicas do currículo. Os conhecimentos de informática e administração completam sua formação. Os fundamentos da Zootecnia são oferecidos a partir do terceiro ano, em matérias como Parasitologia, Melhoramento Genético e Bioclimatologia, além de técnicas de manejo de rebanhos e de criações. O aluno também entra em contato com o processo de fabricação de alimentos de origem animal. Algumas faculdades incluem no programa o estudo de espécies silvestres que têm o consumo regulamentado no país - jacaré e javali, por exemplo. Para obter o diploma é obrigatório fazer um estágio supervisionado. Duração média: quatro anos. 



Fonte: Site Universitário

Por Uanderson Henrique Barbieri Pateis Trainee Zoot Jr.


Complementando o que o Uanderson postou, gostaria de lembrar à todos que a NOSSA  FZEA recebeu do GUIA DO ESTUDANTE a Classificação de curso CINCO ESTRELAS no ranking das Melhores Universidades de 2011!!
 Betado por Angu

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Porque o preço do boi subiu tanto e o que esperar pela frente?


Por Miguel da Rocha Cavalcanti (BeefPoint) 
postado em 26/11/2010

Essa semana fiz uma apresentação para uma série de analistas de investimentos em São Paulo, a convite do Citibank. A principal pergunta foi: porque o boi subiu tanto? Esse artigo é uma reflexão sobre os pontos apresentados e uma busca por entender o que pode acontecer daqui em diante.

O mercado do boi gordo é influenciado por uma série de fatores que interligados formam o preço do boi. Vou tentar listar e avaliar cada um deles.

Do lado da demanda, a economia mundial, em especial os países emergentes, está em recuperação, com aumento da demanda por todo tipo de produto, com destaque para alimentos de maior qualidade, como carnes e lácteos. No Brasil, o consumo segue muito aquecido. Mercado interno e externo demandam mais carne bovina. Isso é um fator altista. Vale lembrar que o Brasil é o segundo país com maior paridade de poder de compra segundo o índice BigMac da revista The Economist. Esse índice é calculado duas vezes ao ano e compara o preço do sanduíche mais famoso do McDonalds em diferentes lugares do mundo. O preço brasileiro, em outubro, era o segundo mais caro do mundo, abaixo apenas da Suíça.

As exportações estão firmes, bem acima dos valores de 2009 no acumulado do ano e no mercado interno, o consumo está ainda mais aquecido. Devido a facilidade de se medir numericamente as exportações e a cotação do dólar, acabamos prestando mais atenção a esses dois indicadores do que ao consumo interno, que representa por volta de 80% da produção brasileira. A força do consumo interno é um fator cerca de quatro vezes mais importante que as exportações.

Do lado da oferta, temos uma série de fatores altistas, uns de longo prazo e outros de curto prazo. O abate de fêmeas se elevou muito de 2002 a 2007, com destaque para os anos 2005, 06 e 07. Nesse período, o pecuarista desinvestiu, vendeu ativos (vacas) para pagar seus custos. Isso gerou preços ainda piores no período, pela maior oferta de carne (de vaca) no mercado, e agora gera a escassez de bezerros para reposição.

O aumento da produção de carne bovina nos últimos 10 anos se deu mais pelo abate de fêmeas do que pelo maior número de machos abatidos. Isso está cobrando seu preço agora.

O aumento da eficiência e produtividade da recria e engorda (a pasto e em confinamento) ajudaram a pressionar ainda mais a falta de gado para abate hoje, pois no período que tivemos maior abate de fêmeas, a maior produtividade alongou o ciclo de baixa, pois mais tecnologia significa mais carne com menos gado. Além disso, a tendência é que o ciclo de produção fique mais curto, com o maior uso de tecnologia, pois leva-se menos tempo a produzir um animal.

O ciclo de baixa mais longo gera um ciclo de alta mais intenso, mais forte ou mais duradouro. É claro que uma das saídas é o uso ainda maior de tecnologia, como estamos vendo na cria o crescimento da IATF, por exemplo.

O longo ciclo de produção do gado de corte torna mais difícil, caro e demorado recompor o rebanho. O mundo produtor de carne bovina está cada vez mais consciente que produzir carne bovina é mais caro, mais difícil e mais demorado do que outras carnes como frangos, suínos e aves.

Outro fator importante, e muitas vezes esquecido, é o impacto das mudanças ambientais na pecuária. Desde que se começou a criar gado de corte no Brasil, se expande a área, se abre novas fazendas.

Essa era a realidade do Brasil e que não acreditamos que vá continuar assim, pelo menos nos próximos 10 anos. Pela primeira vez na história da pecuária de corte brasileira, vamos ter uma grande dificuldade de expansão da área de pastagens, de abrir novas fazendas. Isso é visto por quem quer abrir novas fazendas, mas é muito positivo para quem já tem áreas abertas. Sem novas áreas, a fonte de gado barato seca. Teremos menos oferta, vindo de novas fazendas. Em especial no mercado de bezerros, isso causa um impacto muito forte. E a agricultura tem crescido em áreas de pastagens.

Tudo isso levou a um longo período em que o gado teve queda real (deflacionada) no seu valor. De 1999 a 2006, o preço da arroba deflacionada caiu. Isso não aconteceu apenas com o gado. A tendência histórica das commodities agrícolas e não agrícolas era de queda de preço. O mundo passou por décadas em que a produção crescia mais facilmente que a demanda, ou seja, um cenário vendedor. E agora, com o rápido crescimento da demanda dos emergentes, estamos vivendo um mercado comprador.

Para complicar a situação da oferta (impactada por fatores de longo prazo como abate de fêmeas e restrições ambientais), esse ano o confinamento foi menor, pois os preços futuros no primeiro semestre não indicavam viabilidade econômica para a atividade em muitos casos. E por último, a seca desse ano foi mais intensa do que no ano passado, em especial no MT e GO. 

Tudo isso contribuiu ainda mais para a redução da oferta e para preços máximos quase na casa dos R$120/@. Para surpresa de todos, o preço da carne sustentou o preço do boi gordo, uma comprovação que realmente o poder de compra, o apetite por carne pelo brasileiro, está bem alto. Nem as exportações recuaram, em outubro/10 vendemos o mesmo volume de setembr/10, com preço médio 8% maior. Em relação a outubro/09, vendemos 7% menos em volume, mas com preço médio 30% superior.

E 2011? Minha avaliação para o ano que vem é que o consumo interno e externo vão se manter firmes, em crescimento. Isso é muito positivo para o preço do boi e da carne. Do lado da oferta, teremos uma produção um pouco maior que em 2010, pois o cenário de preços é mais convidativo ao uso de tecnologia e confinamento. Vale lembrar que com exceção da seca (que não sabemos como será em 2011) e do confinamento, os demais fatores continuam válidos para o ano que vem.

Para finalizar, uma consulta, avaliando o cenário do ano que vem. Faz sentido termos preços do boi para safra 2011 (abril-maio) abaixo de R$90/@? Faz sentido termos preço do boi para entressafra (outubro-11) abaixo de R$100? Me parece que essa é a faixa mínima que vamos trabalhar ano que vem.

Postado por - Nathália Dias - Trainee Zoot Jr.